Escrever é um meio de reificar-se.
Debruçar-se sobre antigos escritos próprios é, no entanto, uma experimentação curiosa. É uma nostalgia de si. É brincar de se revisitar — uma brincadeira que não aconteceria sem essa reificação.
Mas de tantas vezes que reencontrar sentimentos fora constrangedor, revisitar esses mesmos sentimentos com tranquilidade é sinônimo de paz consigo.
O que assusta é quando esse momento te traz inspiração. E desponta uma dúvida: todo esse processo se revelará como um retrocesso ou uma releitura do eu-reificado?
Prefiro abraçar esse reencontro como o reencontro com um pedaço que havia se perdido.
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